sábado, 22 de setembro de 2012








Até meados do século 20 acreditava-se que o número de neurônios era fixado no nascimento e permanecia estático durante toda a vida, entretanto, graças às pesquisas na área psiconeurológica sabe-se hoje que novos neurônios continuam sendo gerados no cérebro adulto de diversos animais, inclusive no ser humano. E o mais impressionante é que diversos fatores ambientais, entre eles o estresse, influenciam na reprodução dessas células nervosas.
Durante décadas a ciência discutiu, sem chegar a conclusão alguma, a importância do ambiente e/ou da constituição na causa dos transtornos emocionais. Havia partidários da tendência psicodinâmica, atribuindo prioritariamente às vivências o desenvolvimento dos transtornos psíquicos e, por outro lado, havia partidários da corrente organicista, os quais arrastavam para o orgânico a responsabilidade quase exclusiva das alterações emocionais. O bom senso recomendava uma visão organodinâmica para esta questão, uma síntese das duas anteriores.
As pesquisas sobre as influências do ambiente na reprodução de novos neurônios e na estrutura cerebral (plasticidade) podem representar uma luz no fim do túnel; vivências traumáticas são capazes de inibir a reprodução neuronal e alterar a forma e tamanho de estruturas cerebrais, principalmente do hipocampo. Isso significa que nossas vivências influenciam na estrutura e na função de nosso cérebro.
Mas qual a importância dessa reprodução de neurônios? Entre outras coisas conhecidas e muitas desconhecidas, sabe-se hoje que a depressão é marcantemente influenciada pela renovação de neurônios, ou neurogênese, como é chamada.
Pesquisas mostram como as vivências e fatores ambientais acabam interferindo na microanatomia, na estrutura e na função cerebral. Resumindo, isso quer dizer que o estresse prolongado, as tensões crônicas, momentos repetitivos de raiva, de ansiedade, podem modificar a estrutura do cérebro.
Não obstante e por outro lado, imagens do cérebro de pacientes deprimidas mostram uma diminuição de uma estrutura cerebral, o hipocampo. Estamos longe ainda de descobrir se foi o ovo ou a galinha que veio primeiro; se a depressão determina alterações no hipocampo ou se são estas que determinam a depressão. Os novos conhecimentos são cada vez mais impressionantes.
É certo que a exposição ao estresse tem um papel importante no desenvolvimento da depressão, no entanto, os mecanismos envolvidos nesta relação ainda são pouco conhecidos. Neurologicamente há evidências sobre a participação do hipocampo no desenvolvimento da depressão, e o estresse parece ser um importante fator na a diminuição da neurogênese. Conseqüentemente, o estresse e a inibição da neurogênese são importantes fatores no desenvolvimento da depressão.
Hipocampo 2
Existem regiões cerebrais onde se localizam células ativas capazes de gerar novos neurônios no organismo adulto. Essas regiões incluem os ventrículos laterais e o hipocampo (Eriksson, 1998 – Gould, 1998).
Hipocampo 3
A neurogênese se dá em vários locais do cérebro, notadamente nos ventrículos laterais e no hipocampo e ela está diretamente relacionada ao desenvolvimento da depressão; quanto menor a atividade dessa reprodução neuronal, maior a possibilidade de depressão.


Depressão, Antidepressivos e Neurogênese
Nas palavras de Sâmia Joca, o hipocampo anteriormente descrito como "aquela belíssima estrutura encefálica à procura de uma função", já tem muitas funções neurais atribuídas a ele. Seja qual for sua "função", um grande número de evidências farmacológicas, morfológicas, eletrofisiológicas e moleculares mostra que o hipocampo é alterado pela exposição ao estresse significativo e parece ter um papel importante nos efeitos dos tratamentos antidepressivos.
O hipocampo (veja a figura) era tradicionalmente relacionado à memória e aprendizagem, mas, pesquisas mais recente associam essa estrutura cerebral às respostas ao estresse e à neurogênese. Dentro desta linha de pesquisa se constata que o estresse pode causar alterações plásticas no hipocampo, as quais incluem alteração nos dendritos dos neurônios e inibição da neurogênese. Fechando hipóteses, sabe-se também que a depressão e os efeitos dos antidepressivos também têm sido associados à inibição e estimulação da neurogênese respectivamente.
Para facilitar o entendimento, é bom ter em mente que a função cerebral sadia precisa da neurogênese. Voltando ao hipocampo, muitos trabalhos mostram associação entre depressão e alterações cerebrais estruturais, notadamente no hipocampo. Segundo estudo bem elaborado por Lupien e col., a atrofia do hipocampo observada na depressão seria decorrente dos níveis elevados do cortisol, produzido pelas supra-renais durante o estresse. Coerentemente, está cada vez mais evidente que os antidepressivos podem prevenir a atrofia do hipocampo, bem como aumentar a neurogênese, principalmente se seu uso for crônico.
Estudos de Sheline e colaboradores sobre a imagem cerebral também mostraram haver uma diminuição do volume do hipocampo em mulheres idosas com depressão, comparado com mulheres sem depressão e da mesma idade. Novamente constata-se que a perda de neurônios e a diminuição ou inibição da neurogênese deve-se a uma neurotoxicidade causada pela liberação excessiva do cortisol pelas glândulas supra-renais durante o estresse. Esse aumento na liberação cortisol está fortemente relacionado aos episódios de depressão recorrentes.
Três anos mais tarde, completando essa linha de pensamento, o mesmo grupo de pesquisadores relatou que a atrofia hipocampal presente nos pacientes com depressão se relaciona mais com a duração da doença do que com a idade dos pacientes (van Riedel, 2003).
Em relação aos antidepressivos, também se estuda os efeitos desses medicamentos sobre o fenômeno da neurogênese. Em 2000, Malberg e colaboradores mostraram que o tratamento com antidepressivo aumentou a neurogênese na região do hipocampo de ratos. O mesmo efeito não se observa com o uso de antipsicóticos. No ano seguinte esses resultados foram corroborados por Czeh e colaboradores. Nesse sentido, há fortes evidências de que os antidepressivos são capazes de aumentar a maturidade dos neurônios, assim como também a proliferação e sobrevida dos mesmos.

Até o momento, os resultados das pesquisas são sugestivos de forte associação entre a diminuição de neurogênese e a depressão. Pode-se ainda cogitar sobre a diminuição da neurogênese preceder a depressão, aumentando a vulnerabilidade da pessoa às vivências estressoras ou mesmo modificando a capacidade adaptativa da pessoa ao ambiente (Scorza e colab., 2005). Por outro lado, esses estudos sobre neurogênese não invalidam outros fatores envolvidos na depressão, como por exemplo, a genética, os neurotransmissores, hormônios, estressores psicossociais e outros.

Para referir:
Ballone GJ - Estresse e Alterações Cerebrais - in. PsiqWeb, Internet, disponível em www.psiqweb.med.br , revisto em 2008.

Czeh B, Michaelis T, Watanabe T, Frahm J, de Biurrun G, Van Kampen M, et al. Stress-induced changes in cerebral metabolites, hippocampal volume, and cell proliferation are prevented by antidepressant treatment with tianeptine. Proc Natl Acad Sci USA. 2001;98(22):12796-801.
Eriksson PS, Perfilieva E, Bjork-Eriksson T, Alborn AM, Nordborg C, Peterson DA, et al. Neurogenesis in the adult human hippocampus. Nature Med. 1998;4(11):1313-7.

Gould E, Tanapat P, McEwen BS, Flugge G, Fuchs E. Proliferation of granule cells precursors in the dentate gyrus of adult monkeys is diminished by stress. Proc Natl Acad Sci USA. 1998;95(6):3168-71.

Joca SRL, Padovan CM, Guimarães FS - Estresse, depressão e hipocampo, Rev. Bras. Psiquiatr. vol.25 suppl.2 São Paulo Dec. 2003
Lupien SJ, De Leon M, De Santi S, Convit A, Tarshish C, Nair NPV, Thakur M, McEwen B, Hauger R, Meaney MJ. Cortisol levels during human aging predict hippocampal atrophy and memory deficits. Nature Neurosci 1998;1(1):69-72.
Malberg JE, Eisch AJ, Nestler EJ, Duman RS. Chronic antidepressant treatment increases neurogenesis in adult rat hippocampus. J Neurosci. 2000;20(24):9104-10.
Scorza FA, Guerra ABG, Cavalheiro EA, Calil HM - Neurogênese e depressão: etiologia ou nova ilusão?, Rev. Bras. Psiquiatr. vol.27 no.3 São Paulo Sept. 2005
Sheline YI, Wang PW, Gado MH, Csernansky JG, Vannier MW. Hippocampal atrophy in recurrent major depression. Proc Natl Acad Sci USA. 1996;93(9):3908-13.



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Fatores de influência na NeurogêneseO entendimento cada vez maior da neurogênese no cérebro adulto significa uma revolução no conceito da plasticidade do cérebro adulto. Isso pode representar grande desenvolvimento no tratamento de doenças neurodegenerativas e na possibilidade de promover a recuperação de áreas lesadas do sistema nervoso central.
Entre outras coisas, neurônios se reproduzindo significa que a deterioração natural dessas células com a idade pode ser minimizado. Aqui revisamos a relação entre a neurogênese e a depressão e, se a neurogênese está solidamente relacionada ao desenvolvimento dessa doença, então interessa saber o que pode influenciar esta atividade orgânica. Tem sido demonstrado que o processo de neurogênese no cérebro sofre forte influência de uma grande variedade de estímulos (Scorza e col., 2005).
A desnutrição pré-natal produzida por privação protéica, por exemplo, altera bastante a neurogênese pós-natal na região do giro dentado em animais de laboratório e esse processo parece ser definitivo, persistindo mesmo com a recuperação nutricional.
A diversificação dos estímulos e a variedade de solicitação adaptativa também aumentam a atividade neurogênica em camundongos, comparando-se aqueles que viviam em ambientes complexos com aqueles que viviam em gaiolas de laboratório.
A epilepsia do lobo temporal (provocada em laboratórios pela pilocarpina) mostrou aumentar a neurogênese do 3º ao 14º dia depois do episódio convulsivo, assim como, analogamente, há aumento neurogênico depois da eletroconvulsoterapia.
Também aumenta significativamente a neurogênese do hipocampo a injeção intraventricular de ácido caínico, resultando na proliferação de células na região do giro denteado de ratos, bem como também se observa aumento neurogênico no período após a isquemia cerebral.
Outro fator relacionado ao aumento da neurogênese é o efeito do estrogênio, o qual estimula a produção de neurônios na região do giro dentado em ratas adultas. Esse aumento ocorre naturalmente durante o ciclo hormonal e também em situações de reposição hormonal.
Os exercícios físicos aumentaram a proliferação neuronal na região do giro dentado de camundongos adultos e a diabete foi relacionada à diminuição neurogênica. Este mesmo estudo sugeriu que esta diminuição estaria ainda relacionada com o déficit cognitivo observado nestes animais.
A administração aguda e crônica do etanol, assim como processos inflamatórios, são circunstâncias capazes de reduzir a neurogênese no giro dentado de ratos.

domingo, 2 de setembro de 2012

Nutriente para o cérebro do idoso



 25/01/2005

 Apesar de cada órgão principal ser critico ao funcionamento fisiológico, podemos dizer que o cérebro é o ditador do corpo. 

Este órgão de 1,5 Kg em forma de noz, encapsulado no crânio, orquestra uma surpreendente cadeia de funções por todo o corpo. 

O cérebro humano pode armazenar mais informações  que todas as bibliotecas do mundo. Ele também o responsvel por nossas necessidades primárias, nossos mais elevados ideais, nosso modo de pensar... 

O trabalho de um órgão capaz de criar Hamlet, a Constituição dos Direitos Humanos e Hiroshima permanece um mistério profundo. Há anos pesquisadores médicos vêm tentando solucionar esse mistério. 

Em seu esforço ao analisar o sistema nervoso central, eles descobriram que complexas funções do crebro dependem do balanço de nutrientes. 

Evidências crescentes demonstram que deficiências nutritivas e disfunções químicas podem desordenar tanto o bem-estar emocional quanto o psicológico.

Um dos indicadores mais comuns da deterioração da função cerebral é a perda de memoria

Muitos idosos, quando percebem lapsos de memória, concluem precipitadamente que esto experimentando os primeiros sinais da doença de Alzheimer, quando de fato seu declínio de memria pode ser derivado de uma deficiência nutritiva. 

Na segunda metade dos anos 40 e início dos anos 50,  pesquisas científicas mostraram claramente que um funcionamento cerebral saudável depende de quantidades suficientes de vitaminas do complexo B. 

Especialistas atuais ainda enfatizam a importância dessas vitaminas, particularmente as cinco a seguir: 


VITAMINA B1 (tiamina) - ajuda a converter glicose em energia. Também imita a acetilcolina (neurotransmissor envolvido na memria) e possui um papel nas funções cerebrais relacionadas com memória e cognio. Alto consumo de lcool pode causar uma deficiência de tiamina, resultando na sndrome de Wernicke-Korsakoff, uma doença marcada pela confusão mental. 

Deficiências severas de tiamina conduzem ao beribéri, uma doena caracterizada por fraqueza, debilitação, inflamação dos nervos e formigamento das mãos e pés.

Um estudo recente mostra que altas doses suplementares de tiamina podem efetivamente diminuir os efeitos destrutivos de SENILIDADE. 

A suplementação de tiamina, aparentemente, tambm melhora os estados humor. 

Em um outro estudo, 120 mulheres jovens tomaram placebo ou 50 mg de tiamina diariamente, por dois meses. Testes efetuados antes e após a medicação, mediram estados de humor, memória e tempos de reação. 

Mulheres que ingeriram suplementos de tiamina reportaram sentirem-se significativamente mais alertas, serenas e energéticas. 


VITAMINA B3 (niacina) - aumenta a habilidade dos glóbulos vermelhos de carrear oxigênio  também vital formao e manuteno de muitos tecidos, inclusive o tecido nervoso. Uma deficiência severa de niacina produz a pellagra, uma doena caracterizada pelos três Ds: dermatite, diarria e demência


Vitamina B6 (piridoxina) - necessária produção de aminocidos derivados de neurotransmissores tais como noradrenalina, serotonina e dopamina.

 

Deficiência de B6 pode causar muitas desordens mentais, incluindo aprendizado lento e perturbações ´VISUAIS.

 Baixos níveis desta vitamina podem também provocar ataques epilpticos em pessoas com tendência aos mesmos. 

VITAMINA B12 (cobalamina) - possui um importante papel na formação da mielina (membrana que envolve as fibras nervosas). Tambm auxilia no transporte e estoque de ácido fólico do corpo. Deficincia de vitamina B12 podem causar anemia perniciosa, disfunções nervosas (fraqueza, falta de reflexos e sensações estranhas nos braços e pernas) e atividade mental inoperante. Também tem sido associada com depresso, especialmente em idosos. 


ÁCIDO FÓLICO - necessário para a síntese de DNA, e por este motivo tem um papel fundamental em todas as divisões celulares e no desenvolvimento do sistema nervoso fetal, e pode também contribuir para vários distrbios psiquiátricos, inclusive a depressão. 

31% a 35% de todos os pacientes depressivos têm deficiência em acido fólico.


 Os nutrientes a seguir, relacionados com as vitaminas do complexo B, também podem melhorar o funcionamento cerebral: 


COLINA - um componente da lecitina, crítico para a memória, aprendizado e clareza mental. A produo de membranas celulares e o neurotransmissor acetilcolina dependem deste componente. A colina ajuda a aumentar a quantidade de acetilcolina nos circuitos de memória do lbulo temporal. 

Apesar de suplementos de colina melhorarem o desempenho dos jovens, tem falhado no auxlio a idosos que já sofrem de perda de memória ou doença de Alzheimer. 

INOSITOL - apesar de no ser considerado oficialmente enquanto vitamina B, reconhecido como parte do complexo B. encontrado nas membranas celulares como fosfatidilinositol, que  é necessário para o correto funcionamento dos neurotransmissores SEROTONINA e ACETILCOLINA.

 Dois experimentos clânicos mostraram que grandes quantidades de inositol podem melhorar certas desordens psiquiátricas

Em um estudo duplo cego cruzado, FUX et al. (1996) observou que 18 g/dia de inositol por 6 semanas diminui significativamente os níveis na escala Yale-Brown Obsessive Compulsive de 13 pacientes com desordem compulsiva obsessiva. 

Em outro estudo LEVINE (1997) observou os efeitos da administração de INOSITOL, de 4 a 6 semanas, em pacientes com depresso (28 pacientes, 12g/dia); pnico (21 pacientes, 12g/dia); esquizofrenia (12 pacientes, 12g/dia), desordem compulsiva obsessiva (13 pacientes, 18g/dia), doença de Alzheimer (11 pacientes, 6g/dia); terapia eletroconvulsiva com induo a perda de memória (12 pacientes, 6g/dia); desordem de falta de ateno (11 crianças, 200 mg/kg/dia) e autismo (9 crianças, 200 mg/kg).~

O inositol teve um efeito terapêutico significativo para depresso, pnico, e doenas de desordem obsessiva compulsiva. 

FOSFATIDILSERINA - o mais importante fosfolipdio do cérebro. Presente nas membranas celulares, possui papel fundamental na determinação de sua integridade e fluidez. 

O cérebro geralmente produz o suficiente, mas deficiências de ácidos graxos essenciais ou vitaminas tais como o cido fólico e B12, podem inibir sua produção. Os benefcios da fosfatidilserina em demência e perda de memória tem sido estudados extensivamente. 

Os resultados são claramente positivos; a maioria dos estudos reportam ganhos cognitivos a curto prazo. 

Um dos maiores estudos controlados acompanhou mais de 400 pacientes, nas idades entre 65 e 93 anos, que tiveram tanto moderado quanto severo declínio cognitivo. Comparados ao grupo do placebo, ambos os parâmetros cognitivo e de comportamento melhoraram significativamente num perodo de 6 meses de estudo para o grupo da fosfatidilserina. Outros estudos indicam que a fosfatidilserina pode ser particularmente efetiva na melhora da cognição nos primeiros estgios da doença de ALZHEIMER. 

ÁCIDO DOCOSAHEXACENICO (DHA) - um ácido graxo poliinsaturado, também conhecido como um ácido graxo omega-3, possui um papel crtico no desenvolvimento cerebral e na viso dos lactentes. Antes da criana nascer, o DHA do sangue da mãe vai para a placenta, onde usado para o desenvolvimento da membrana no crebro e retina. Pesquisas tm tambm associado as crescentes taxas de depresso entre adultos a desequilbrios na relao entre os cido graxo mega-3 e mega-6. Aminocidos - Os aminocidos so crticos na formao e funcionamento dos neurotransmissores. Dos 20 aminocidos existentes, dois so particularmente importantes para o funcionamento cerebral so a tirosina e o triptofano. A tirosina, um dos aminocidos no essenciais precursor dos neurotransmissores noradrenalina e dopamina. Estes mensageiros qumicos promovem acuidade mental e ateno. Aumentos nos nveis destes transmissores podem afetar o estado de humor e o comportamento, propiciando uma tendncia para pensar e reagir mais rapidamente. O triptofano essencial na produo de serotonina, um neurotransmissor com efeitos sedativos e propiciadores do sono. Uma vez disponvel como suplemento, foi retirado pela a (FDA) em 1989 por terem sido reportados efeitos neuromusculares colaterais. Apesar destes efeitos terem sido posteriormente conectados contaminao bacteriana de um nico produtor, o FDA no retirou sua proibio das prateleiras de vendas do triptofano. VEJA AQUI AS PRINCIPAIS FONTES ALIMENTARES DOS NUTRIENTES ABORDADOS NUTRIENTES------------------FONTES ALIMENTARES Vitamina B1 (tiamina)---------Pinho, Farinha de trigo integral, Farinha de soja integral, Levedo de cerveja, Sementes de girassol seca, Milho verde e Leite de soja Vitamina B3 (niacina)--------*Fgado de boi, Peito de galinha, Atum fresco, Anchova, Peito de peru, Broto de ervilha cru e Arroz integral. Vitamina B6 (piridoxina)-----Farelo de arroz cru, Melado de cana integral, Anchova, Atum fresco, Levedo de cerveja, Arroz integral, Car, Alho e Sementes de Gergelim secas. Vitamina B12 -----------------*Fgado de boi, Atum fresco, Anchova, Salmo, *Fgado de galinha, *Moela de galinha, Carne Vermelha, Gema de ovo e Leite e seus derivados. Colina--------------------------Ovos, *Fgado de boi, Soja, Couve Flor e Alface. Inositol-------------------------Levedo de cerveja, *Vsceras (fgado, moela e corao), Nozes, Frutas, Vegetais e Gros Integrais. Tirosina-----------------------Carnes, Aves, Frutos do mar e Tofu Triptofano---------------------Leite, Iogurte, Queijos, Arroz, Pes, Batata, Soja, Nozes, Feijo, Lentilha, Castanhas, Abacate e Banana. * necessrio o cuidado com o consumo de vsceras (fgado, moela, corao, etc.) no Brasil.


 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS 1. BENTON, D. et al. The impact of long term vitamin supplementation on cognitive function. Psychopharmacology, 117: 298-305, 1995. 2. FUX, M. et al. Inositol treatment of obsessive compulsive disorder. Am. J. Psychiatry, 153: 1219-1221, 1996. 3. LEVINE, J. Controlled trials of inositol in psychiatry. Eur. Neuropsychopharmacol, 7: 147-155, 1997. 4. MCR VITAMIN STUDY RESEARCH GROUP. Prevention of neural tube defects: Results of the Medical Research Council Vitamin Study. Lancet, 338: 131-137, 1991. VP