quinta-feira, 16 de junho de 2011

Estudo sugere que azeite pode reduzir riscos de AVC

16/06/2011 - 09:27
Pessoas idosas que ingerem azeite correm menos risco de sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC) do que aqueles que não o fazem, sugere um estudo que envolveu mais de 7000 franceses, publicado esta quarta-feira nos EUA, avança a AFP.

Investigadores do Instituto Nacional de Saúde e Pesquisa Médica, em Bordeaux, França, acompanharam 7625 pessoas de 65 anos de idade ou mais em três cidades – Bordeaux, Dijon e Montpellier – durante um período de cinco anos.

Durante esse tempo, foram registados 148 AVC. Os indivíduos foram divididos em grupos de acordo com o seu consumo de azeite, indo daqueles que não consumiam nada àqueles que usavam o produto em grandes quantidades, em receitas e no pão.

Quando os investigadores levaram em consideração factores como a massa corporal, actividades físicas e a dieta, constataram que os consumidores "intensivos" de azeite de oliva tinham 41% menos risco de AVC quando comparados aos que nunca consumiam azeite.

"A nossa pesquisa sugere que uma nova série de recomendações de dieta precisa ser elaborada para prevenir AVC em pessoas de 65 anos ou mais", disse a autora do estudo Cecilia Samieri.

"Os AVC são tão comuns em pessoas idosas e o azeite pode ser uma forma barata e fácil de ajudar a prevenir isso", acrescentou a investigadora.

As descobertas foram publicadas no Medical Journal of the American Academy of Neurology.

domingo, 5 de junho de 2011

SISTEMISMO ECOLÓGICO CIBERNÉTICO (Edson Paim & Rosalda Paim)

EXTRAÍDO DO LIVRO

Sistemismo Ecológico Cibernético

Autores:

               Edson Paim 

                                   Rosalda Paim

Este livro trata de um paradigma de natureza abrangente, integrativa, holística - o Sistemismo Ecológico Cibernético - que corresponde ao Sistemismo ampliado, construído com alicerce em quatro pilares principais: Teoria Geral dos Sistemas, Cibernética, Teoria da Informação e Ecologia, constituindo-se, assim, uma metodologia de caráter multi-referencial. 

O primeiro capítulo trata do enfoque sistêmico ou Sistemismo, um quadro de referência, baseado na Teoria Geral dos Sistemas, de Lwidg von Bertalanffy. 

O segundo concerne à Visão Ecológica, aspecto que não deve ser negligenciado na abordagem de qualquer sistema, de natureza física, biológica, social ou tecnológica, pois todos eles inter-relacionam e interagem com o ambiente (ecossistema), através de contínuos intercâmbios de matéria, energia e informações entre ambos, afetando-se mutua e continuamente. 

O capítulo terceiro refere à abordagem sistêmica ecológica ou Sistemismo Ecológico, formado pelo acoplamento da Teoria Geral dos Sistemas e da Ecologia. O quarto capítulo aborda a perspectiva cibernética, fundamentada em um ramo do conhecimento, integrante da Teoria Geral dos Sistemas - a Cibernética - definida como a “ciência das comunicações, do comando e do controle, no homem, na máquina e na sociedade”. 

As virtuosidades da Cibernética são ampliadas, mediante a inclusão da Teoria da Informação, no seu bojo. 

O Capítulo quinto procura articular os conceitos Vida, Informação, Entropia e Negentropia e Sistemas Sociais, isto é, a entropia das organizações humanas. 

Entende-se a Entropia como uma tendência no sentido da desorganização e extinção dos sistemas, mas sobre a qual os seus podem exercer esforços no sentido oposto - ação negentrópica - com o fito de evitar sua desestruturação e finitude, objetivando alongar o seu período de existência ou até tentar perenizá-las. 

O sexto Capítulo trata da conjunção da Teoria Geral dos Sistemas, da Cibernética e da Teoria da Informação, ao que designamos Sistemismo Cibernético Informacional e que Morin refere como a “trindade profana”. 

A Cibernética dos Sistemas Vivos é enfocada no sétimo capítulo, referindo-se à existência de mecanismos de controle e de reajustes automáticos (“feedback”) nos organismos vivos e, o oitavo apresenta a Dialética dos Sistemas Vivos, porta de entrada para o nono - Dialética Cibernética, - contendo propostas dos autores, baseadas nos conflitos entre os sistemas e o seu ambiente (ecossistema) e, nos antagonismos existentes entre a entropia e seu par antagônico (dialético) - a negentropia - além de se fundamentar na oposição entre o calor e o frio, entre os processos de oxidação e redução, entre a saúde e a doença e, entre a vida e a morte. Entende-se a entropia como uma tendência universal, inexorável, para o resfriamento, nivelamento energético, para a mesmice, para a catamorfose, indiferenciação, incluindo a morte biológica ou física dos sistemas, enquanto que a negentropia (entropia negativa), representa uma contra corrente à lei geral da entropia. Guillaumaud, em seu livro que se intitula “Cibernética e Materialismo Dialético”, atesta o caráter dialético do mecanismo de retroação ou retroalimentação (“feedback”), um atributo universal dos seres vivos e um dos fundamentos da Cibernética, capaz de reforçar a nossa proposta de uma Dialética dos Sistemas Vivos e, de uma Dialética Cibernética. 

Os nove capítulos referidos, que se pretende estarem inter-relacionados, interligados, entrelaçados, integrados, como uma malha, uma rede, uma teia de idéias, fundamentos, conceitos e princípios, constituem o alicerce do Sistemismo Ecológico Cibernético - o Sistemismo ampliado - constantes dos capítulos X a XII. 

O capítulo seguinte - o décimo - Sistemismo Ecológico Cibernético e Sistemas Sociais refere a uma aplicação prática do paradigma sistêmico-ecológico-cibernético, abordando os sistemas sociais abertos, democráticos, cuja essência é a utilização de mecanismos de “feedback”, capazes de permitir o funcionamento equilibrado, harmônico, em toda a sua plenitude.

Este referencial possui um caráter abrangente, integrativo, holístico, elaborado segundo um paradigma que se inspira no modelo de organização dos seres vivos e dos ecossistemas naturais, sobretudo, na estrutura sistêmica do genoma humano e, no funcionamento cibernético do nosso cérebro, portanto, os atributos da consciência. 

Esta proposta dos autores, cujo objetivo inicial era servir de alicerce ou base filosófica para a Teoria Sistêmica Ecológica Cibernética de Enfermagem, elaborada por um de nós (Paim, Rosalda - 1974), em virtude da sua ampliação, resultou no Sistemismo Ecológico Cibernético, um referencial destinado a atender a propósitos mais amplos. 

  O paradigma sistêmico-ecológico-cibernético proposto é passível de aplicação a todo e qualquer sistema, seja de natureza física, biológica, social ou tecnológica, mercê destes possuírem, como denominador comum, os atributos universais dos sistemas, entre os quais:

1) - os sistemas são conjuntos de partes interligadas e inter-relacionadas, atuando conjuntamente, para a consecução de objetivo característico; 

2) - os sistemas estão inseridos no ambiente;

3) - a totalidade dos sistemas abertos efetua contínuas trocas com o seu ambiente imediato;

4) - Os intercâmbios entre cada sistema e o seu ambiente podem ser sintetizados como trocas contínuas e permanentes de matéria, energia e informações entre um e outro, afetando-se mutuamente, isto é, sofrendo, em conseqüência, influências recíprocas. 

Um determinado sistema, acrescido dos seus arredores, por sua vez, constitui outro sistema, de maior amplitude e, de natureza mista: o conjunto sistema-ambiente, que pode ser designado universo - com u minúsculo - para não confundir com Universo, o sistema cósmico. 

A Teoria Geral dos Sistemas e o Sistemismo Ecológico Cibernético podem ser aplicados tanto ao estudo de uma empresa, de automóvel ou do próprio ser humano, quanto de um município, de um estado, de um país, ou de qualquer um dos seus subsistemas, incluso o respectivo ambiente - também um sistema. 

O que os sistemas apresentam em comum é o fato de compartilharem de características como as de totalidade, abrangência, integralidade e inter-relacionamento entre suas partes integrantes e, de efetuarem intercâmbios de “matéria, energia e informações” com o ambiente. 

O fato de corresponderem a sistemas sintetiza os atributos comuns a todos eles, a menos que se o considere finito. 

O próprio planeta Terra e, mesmo o Universo inteiro, por constituírem sistemas, podem ser visualizados por este prisma, considerando-se, entretanto, que o Sistema Universal corresponde ao único sistema sem ambiente, pois não se pode conceber a existência de algo em seu redor.

Todos os direitos reservados aos autores
 
copyright Ó by Edson N. Paim e Rosalda C.N. Paim

sábado, 4 de junho de 2011

'Cochilada' de células nervosas faz pessoas cometerem erros


Orkut

Ao contrário do que se pensava, a privação de sono não afeta todo o cérebro, que fica com algumas regiões alertas enquanto outras são 'desligadas'

SÃO PAULO - Pode parecer estranho, mas um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de Wisconsin-Madison mostrou que certas regiões do cérebro podem entrar em um estado de sono enquanto estamos acordados.
Simon Cataudo/Divulgação
Simon Cataudo/Divulgação
 
Pesquisa anterior já mostrou que falta de atenção é comparável com embriaguez
Isso acontece com células nervosas por um curto período de tempo e quando há um quadro de privação do sono. Até agora, acreditava-se que a privação do sono afetava todo o cérebro, mas as observações deste estudo mostraram que certas regiões permanecem alertas.
"Nós sabemos que quando estamos sonolentos nós cometemos erros, nossa atenção fica vaga e a vigilância diminui", disse Dr. Chiara Cirelli, professora de psiquiatria da Escola de Medicina e Saúde Pública. "Nós observamos em exames de eletroencefalogramas que mesmo enquanto acordados podemos passar por períodos curtos de "micro sono", explica a professora.
A pesquisa, que foi publicada na revista científica Nature, obteve estes resultados a partir da análise do cérebro de ratos. Para isso, os pesquisadores inseriram sondas em grupos específicos de neurônios. Depois de fazer com que os animais ficassem acordados por longos períodos, os cientistas comprovaram a partir dos dados das sondas que os ratos apresentavam áreas "adormecidas" apesar de estarem acordados e ativos. "Mesmo quando alguns neurônios foram "desligados", os resultados dos eletroencefalogramas indicaram que os ratos estava acordados", disse Cirelli.
Para saber como os animais se comportavam neste estado, os pesquisadores os desafiavam com tarefas básicas, como alcançar uma pastilha de açúcar com uma pata. Alguns ratos derrubaram as pastilhas e outros nem conseguiram alcançá-la, indicando que alguns neurônios encontravam-se "desativados".
"Este tipo de atividade ocorre em poucas células. Por exemplo, de 20 neurônios monitorados em um experimento, 18 permaneceram acordados. Em outros dois experimentos houve sinais de curtos períodos de sono alternados com períodos de silêncio", lembra Cirelli.

Como os pesquisadores aplicaram apenas tarefas que exigiam coordenação motora, eles concluíram que os neurônios afetados pelo período de sono estão localizados no córtex motor, nos lobos frontais do cérebro.