quarta-feira, 18 de julho de 2012


Novo remédio avança no combate ao Alzheimer

Todos os remédios criados para combater o Alzheimer até hoje tiveram sucesso apenas parcial. A causa: é muito difícil criar moléculas que passem pela barreira hematoencefálica, uma fortaleza que seleciona os componentes do sangue que entram no cérebro. Por isso, as tentativas de atacar as placas de proteína beta-amiloide, que se acumulam no cérebro e causam a perda das funções cognitivas, como a memória, acabam gerando poucos resultados.
Pesquisadores de biotecnologia da GENENTECH, uma companhia conhecida por criar tratamentos contra o câncer baseados em anticorpos, afirmam, porém, ter desenvolvido uma forma de passar por essa barreira e chegar ao cérebro. Suas descobertas, divididas em dois estudos publicados na revista Science Translational Medicine, podem representar tratamentos eficazes para o Alzheimer, esquizofrenia, Parkinson e até mesmo autismo. “Eles abrem uma nova fronteira no tratamento baseado em anticorpos”, afirmou Mark Dennis, um dos cientistas da Genentech.
O que acontece atualmente? Pequenas moléculas podem atravessar essa barreira, mas grandes moléculas, como anticorpos criados em laboratório, ficam presas nas intricadas malhas de vasos sanguíneos do cérebro. Segundo Ryan Watts, diretor de neurosciência da Genentech, que trabalhou em ambos os estudos, menos de 0,1% dos medicamentos que usam anticorpos passam pela barreira. “Essa nova tecnologia pode melhorar significativamente esta taxa”, disse Watts. O novo medicamento funciona por meio do bloqueio do beta-secretase 1 ou BACE, enzima necessária para cortar as proteínas beta-amiloide, formando placas que aderem nos cérebros dos pacientes com Alzheimer.
Cavalo de Troia — O primeiro passo do estudo obteve sucesso relativo. Testes em camundongos e macacos mostraram que os anticorpos reduziram efetivamente a quantidade de beta-amiloide no sangue dos animais, mas apresentaram um efeito modesto na redução dos níveis da proteína no cérebro.
Para superar o problema, a equipe decidiu usar uma abordagem Cavalo de Troia. Sabendo que o ferro chega facilmente no cérebro, eles fizeram o anticorpo específico para receptores de transferrina, responsável pelo transporte de ferro através da barreira hematoencefálica. Mesmo assim, as moléculas maiores continuavam presas na barreira. A saída foi deixá-las menos ‘grudadas’ aos receptores de transferrina. Ao chegar à barreira, então, elas ‘caíam’ dos receptores e entravam no cérebro.
Novos testes em ratos mostraram que os anticorpos atingiram o alvo e reduziram consideravelmente a quantidade de proteína prejudicial no cérebro. Várias empresas já estão desenvolvendo remédios que funcionam de forma parecida. “Agora nós vamos atrás disso de forma agressiva”, disse Watts, acrescentando que a Genentech estudará tratamentos de anticorpos para outras doenças neurodegenerativas, além do Alzheimer.
 Share
Veja também:
  1. Estudo na Austrália usa testosterona para combater Alzheimer
  2. Grupo de Apoio aos cuidadores de pacientes com Alzheimer realiza encontro no Hospital Rios D’Or
  3. Mobile Commerce avança entre pessoas da terceira idade nos EUA
  4. Grife de roupas para idosos oferece novo serviço de atendimento em domicílio.
  5. Os estrangeiros que cuidam dos idosos suíços
  6. OMS: envelhecimento na Ásia aumenta casos de demência
  7. Novo envelhecimento
  8. Curso gratuito para cuidadores de pacientes com Alzheimer
  9. Dia Mundial do Parkinson: 11 de abril
  10. Projeto europeu desenvolve camas robóticas para hospitais


Read more: http://coisadevelho.com.br/?p=1790#ixzz210OBdhFU

domingo, 15 de julho de 2012


Vacina contra o mal de Alzheimer avança para segunda fase de testes clínicos

Submitted by Ciência Diária on Friday, 23 April 2010134 Comentários
Testes realizados no ano passado comprovaram que vacina é segura. Pesquisadores agora querem saber se ela pode ser mesmo eficaz para prevenir o aparecimento e evolução da doença.
Testes realizados no ano passado comprovaram que vacina é segura. Pesquisadores agora querem saber se ela pode ser mesmo eficaz para prevenir o aparecimento e evolução da doença.
Uma vacina desenvolvida pela empresa AFFIRiS contra o mal de Alzheimer, o tipo mais comum de demência no mundo, está na segunda fase de testes clínicos e pode ter eficácia comprovada até 2012. O estágio da pesquisa avança após cinco meses de finalização da fase I, que envolveu estudos de doses e vias de administração.
A vacina AD02, desenvolvida pela empresa AFFIRiS AG, será testada na Áustria, Alemanha, França, República Tcheca, Eslováqui e Croácia, envolvendo 420 pacientes.
Pesquisas anteriores mostraram que a vacina é segura. Agora, os pesquisadores desejam avaliar sua eficácia. Ela estimula o organismo a produzir anticorpos contras proteínas beta-amiloides, que formam as placas senis no cérebro e causam a morte de células cerebrais.
A vacina poderia reduzir consideravelmente o risco de uma pessoa desenvolver a doença, além de ser terapêutica, ou seja, ter o poder de auxiliar pacientes que já sofrem de Alzheimer.
A doença degenerativa que geralmente afeta pessoas com mais de 65 anos de idade atinge mais de 30 milhões de pessoas no mundo atualmente. Entre os sintomas mais comuns estão a perda de memória, confusão, agressividade, alterações de humor e falhas cognitivas. Em estágios avançados a doença compromete as funções motoras, levando à morte.
Veja também:
- Receptor ajuda sistema de proteção a expulsar “soldados” do Alzheimer
- Personalidade e envelhecimento cerebral dão pistas sobre demência
- Molécula regenera lesões do cérebro em modelos de Alzheimer
- Novo teste promete diagnóstico precoce e preciso do Alzheimer
- Alzheimer: pesquisadores mostram como função de astrócitos é afetada
- Pesquisadores mostram que maconha é ineficaz contra o Alzheimer
- Sonolência diurna e falta de atenção podem indicar Alzheimer
- Pesquisadores mostram que maconha é ineficaz no tratamento do Alzheimer
- Uso de celular pode melhorar e até reverter efeitos do Alzheimer
- Pacientes com câncer tendem a sofrer menos de câncer e vice-versa
- Dietas ricas em metionina podem aumentar riscos de Alzheimer