sexta-feira, 17 de maio de 2013

Estudo aponta que consumo de açaí previne mal de Alzheimer e Par-kinson

Vem da Universidade Tufts, nos Estados Unidos, um novo trabalho que sinaliza o potencial de ação da polpa de açaí sobre a preservação da massa cinzenta. Os pesquisadores observaram que o consumo regular de açaí reduz a exposição das células nervosas a processos degenerativos e inflamatórios recorrentes, fenômeno que abre caminho ao colapso do tecido cerebral.
Uma das hipóteses que buscam explicar essa façanha é a presença de substâncias antioxidantes, em especial a antocianina, que combatem os radicais livres por trás de uma série de danos ao organismo. “Os antioxidantes do açaí conseguem bloquear a formação dessas moléculas nocivas no início do processo de ataque às células”, explica a especialista em tecnologia de alimentos Ediluci Tostes, do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá. E a fruta amazônica não causa espanto apenas pela qualidade dos seus componentes. Em 1 litro da sua polpa, há 33 vezes mais antioxidantes que o encontrado em um mesmo litro de vinho tinto, bebida famosa por conter um monte desses ingredientes que varrem da circulação os temíveis radicais livres.
Além dessa propriedade, substâncias do porte da antocianina respondem por um efeito anti-inflamatório, o que soma forças para deixar em paz as estruturas e as conexões cerebrais. Na prática, isso significa uma menor probabilidade de ocorrer um comprometimento crônico e progressivo de funções cognitivas, como a memória e a coordenação motora. “É por isso que o açaí teria uma ação preventiva contra males neurodegenerativos, caso das doenças de Par-kinson e Alzheimer”, completa Ediluci.
A mesma antocianina que protagoniza benefícios ao cérebro pode afastar outro problema que ameaça tanto a massa cinzenta quanto o coração. É que sua ação antioxidante auxilia a debelar a formação de placas nos vasos sanguíneos, o que pode culminar em derrames e infartos. E é justamente esse papel protetor das artérias o que tenta provar o cardiologista Eduardo Augusto Costa, professor da Universidade Federal do Pará.
Fonte: Robson Pires

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Cientistas desvendam mecanismo cerebral que provoca envelhecimento

Responsável é proteína que gera inflamação em uma área do cérebro.
Eles conseguiram fazer ratos viverem mais e melhor inibindo essa molécula.

Do G1, em São Paulo

Casal de idosos (Foto: Alain Le Bot / Photononstop/ AFP)
Ação de molécula no cérebro está ligada ao
envelhecimento, dizem cientistas
(Foto: Alain Le Bot / Photononstop/ AFP)
A ação de uma molécula inflamatória na mesma área do cérebro que controla o crescimento, a reprodução e o metabolismo é responsável por provocar também o processo de envelhecimento, afirma um estudo publicado nesta quarta-feira (1°) na revista científica “Nature”.
A descoberta pode levar ao desenvolvimento de novos tratamentos para doenças relacionadas à idade, como Alzheimer e artrite, e ajudar as pessoas a viver mais.
Cientistas da Faculdade de Medicina Albert Einstein, em Nova York, monitoraram a atividade da NF-κB – uma molécula envolvida no processo de inflamação e na resposta corporal ao estresse – no cérebro de ratos.
Eles perceberam que a molécula se torna mais ativa na área cerebral chamada hipotálamo à medida que o animal vai ficando mais velho.
Em testes posteriores, foram injetadas duas substâncias diferentes nos ratos: uma que inibe a ação dessa molécula e outra que estimula sua atividade. Os animais do primeiro grupo viveram mais do que o normal, enquanto os do segundo grupo morreram antes.
Seis meses depois do experimento, os cientistas examinaram a saúde e as habilidades mentais dos ratos. Os que tinham recebido o inibidor da NF-κB se saíram melhor nos testes de cognição e movimentos e mostraram menos perda de força muscular, espessura da pele e massa óssea.
Já os animais que receberam o ativador da molécula tiveram mais declínio relacionado à idade. O resultado foi similar em machos e fêmeas.