quarta-feira, 22 de janeiro de 2014


Nutrientes e suplementos que promovem a saúde cerebral

Aumentar a capacidade de memorização e concentração, reduzir o estresse, induzir a produção de neurônios, estimular as sensações de bem-estar e prazer e afastar problemas como a ansiedade, depressão e até mesmo compulsão.
Tudo isso é possível com a ajuda de uma alimentação equilibrada e os suplementos certos
Mônica Antunes G. Forte
Nutricionista especializada em
Nutrição Clínica e Esportiva

Nosso organismo é composto de diversos órgãos vitais e o cérebro é um deles, um sistema ultra-organizado e supercomplexo que possui intensa atividade durante toda a nossa vida. O funcionamento cerebral depende de uma nutrição adequada com vitaminas, minerais, aminoácidos e ácidos graxos essenciais, capazes de evitar os distúrbios da mente, prevenir doenças e até melhorar alguns aspectos comportamentais, como depressão e ansiedade, por exemplo. A ciência comprova: a comida certa tem ainda o poder de aumentar a capacidade de raciocínio, aprendizado e memória.
Nos dias atuais, nosso cérebro é constantemente estimulado e exigido, com uma grande carga de informações,
conhecimentos, emoções, estresses etc, então ele deve estar no mínimo bem nutrido para dar conta de tantas tarefas. Com o estresse de qualquer natureza, nosso organismo produz os radicais livres e isso não é diferente no cérebro. Para que essas moléculas sejam neutralizadas e não afetem nenhuma estrutura cerebral levando ao envelhecimento do órgão, a dieta deve ser bastante rica em antioxidantes, ou seja, vitaminas, minerais e fotoquímicos presentes nos alimentos. Tenha sempre os seguintes alimentos em sua dieta: oleaginosas (castanhas, nozes, amêndoas) e azeite de oliva, verduras verdes escuras, legumes e frutas de colorações amarela, laranja e vermelhoarroxeada, frutas cítricas, cereais integrais e cacau.

A glicose é a principal fonte de energia para o Sistema Nervoso Central, então devemos manter a nossa alimentação a cada 3h para que essa fonte não seja reduzida. A hipoglicemia, situação que ocorre quando a pessoa fica longos períodos sem se alimentar, é hoje relacionada com a perda da memória, pois sem a contínua fonte de energia os neurônios (células cerebrais) morrem.
Para a glicose entrar no cérebro, ela precisa da ajuda de outros nutrientes, como cromo, magnésio, vanádio, niacina e outros.

Os estudos atuais descobriram que os neurônios se reproduzem ao longo da vida, processo conhecido como neurogênese, e para isso dependem de vários nutrientes tais como a colina, presente na gema do ovo. Esta substância produz acetilcolina, neurotransmissor fundamental para a memória e o aprendizado, além de prevenir contra a depressão.
A glutamina é outra substância importante para a mente, uma vez que compõe o DNA – material genético - dessas novas células. Linhaça, peixes, como salmão e atum também estão na lista dos alimentos do cérebro por serem fontes do Ômega 3, gordura essencial que favorece o nascimento dos novos neurônios, protegem os que já existem reduzindo o risco de Alzheimer e Parkinson e são responsáveis pela memória e pela comunicação entre eles.
Os neurotransmissores (mensageiros químicos cerebrais) dependem das proteínas para serem produzidos. Por exemplo, para sintetizar a Serotonina, neurotransmissor responsável por promover asensação de bem-estar e prazer, dependemos do aminoácido Triptofano, presente no feijão, grão de bico, cacau, banana, afastando assim a tristeza e a depressão.

Algumas substâncias são capazes de estimular nosso cérebro, ajudando- o a reduzir o estresse e a melhorar a capacidade de concentração e de memorização. O Ginseng ajuda a manter o estado de alerta, assim como a cafeína. Ambos são estimuladores
com efeitos positivos como o aumento da disposição física e a diminuição do sono, porém seu consumo deve ser moderado para não causar uma estimulação em excesso e prejudicar a memória.

O cuidado com a alimentação é fundamental para quem quer ter mais saúde cerebral, seja momentânea como inteligência e memória, ou a longo prazo com a prevenção de doenças degenerativas. Por outro lado, uma alimentação com baixa qualidade nutricional (poucos nutrientes) e com excesso de aditivos químicos – corantes, conservantes, adoçantes (aspartame, principalmente), pesticidas e metais tóxicos como mercúrio, chumbo, alumínio, cádmio, facilita a morte dos neurônios e dificulta a comunicação entre eles, além de gerar sintomas como irritabilidade, alteração de humor, hiperatividade (física e mental), distúrbios de concentração e aprendizagem, ansiedade, depressão,alterações na qualidade do sono e até mesmo compulsão.
Fonte: REVISTA SUPLEMENTAÇÃO - ANO 03 - EDIÇÃO 09

domingo, 5 de janeiro de 2014

Perda de sono aumenta risco de Alzheimer