Todos nós temos
uma dívida com a natureza e, assim como todos os outros seres, iremos
envelhecer. O enfraquecimento de algumas atividades cerebrais, tais como
falta de memória e raciocínio lento são provenientes do envelhecimento,
sim. Porém, é possível retardar esses processos com a ingestão de
alguns nutrientes fundamentais. Ou, se você optar por uma dieta com
baixo valor nutricional, poderá presenciar perda de capacidade mental
antes mesmo da velhice bater na sua porta.
É claro que existem
outros fatores externos que aceleram o processo de envelhecimento
cerebral. Poluição e fumaça, por exemplo, danificam as frágeis células
cerebrais. Nunca o homem esteve tão exposto à poluentes e o cérebro
humano tão suscetível. Para beneficiarmos e pouparmos nossa “massa
cinzenta” podemos começar diminuindo a ingestão de álcool. As bebidas
alcoólicas podem causar severa perda de memória. Pessoas que abusam do
consumo de álcool podem apresentar deterioração cerebral na faixa dos
trinta.
A forma como nos
alimentamos pode nos deixar mais inteligentes, já que muitos nutrientes
tem o poder de aumentar nossa memória, coordenação e até nos proteger de
doenças como a depressão. Muitos alimentos funcionam praticamente como
um composto farmacêutico para o cérebro. A colina, por exemplo, presente
na gema de ovo, é fundamental para o processo de de neurogênese, o
nascimento de novos neurônios. Já a proteína, presente em carnes, ovos e
laticínios, é peça fundamental na produção de neurotransmissores,
substâncias que fazem a comunicação entre as células nervosas.
Muitas das
substâncias que o cérebro precisa para atuar são fabricadas pelo nosso
próprio corpo, porém grande parte vem dos alimentos. A nutricionista da
Universidade Federal do Paraná
Cristiane Monteiro,
48 anos, cita diversos alimentos e seus poderes de atuação sob o
cérebro: as frutas vermelhas e o cacau contêm flavonóides, que freiam a
produção de moléculas agressoras do DNA dos neurônios. Existem estudos
que apontam o ômega 3, presente no salmão e na sardinha, como
contribuidor para a expressão de moléculas associadas ao aprendizado e à
memória. Os nozes, amêndoas e o amendoim tem vitamina E, componente que
atua contra o envelhecimento precoce do neurônio. A castanha-do-pará,
através do selênio, combate os radicais livres, moléculas que levam à
degeneração celular.
Nosso cérebro está
sujeito ao estilo de vida que levamos. O estudante de engenharia
Fernando Saciloto, 18 anos, conta que começou a ingerir sementes, nozes,
azeite de oliva e castanha do pará diariamente. Percebeu maior
rendimento nos estudos. Cristiana Monteiro explica que uma alimentação
adequada nos ajuda a alcançar o máximo de nosso potencial, em termos de
QI.
Apesar de não a
vermos, essa “máquina” capaz de comandar todas as atividades corporais
exige uma dieta equilibrada para seu bom funcionamento. O talvez mais
importante dos nossos órgãos necessita de uma boa dose diária de ácido
fólico, glutamina, magnésio, colina, ômega 3 e muitas outras substâncias
capazes de atuar pelo bem de nossa inteligência.
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