quinta-feira, 20 de junho de 2013

Taurina ajuda a retardar a degeneração de neurônios


Promessa no combate à doenca de Alzheimer
Uma substância comum, presente de forma natural no cérebro humano, pode se transformar em heroína no controle da evolução da doenca de Alzheimer. Um estudo iniciado em 2003 por cientistas da UFRJ descobriu que a taurina, famosa componente de bebidas energéticas, ajudou a retardar a degeneração de neurônios de rato mantidos em cultura. O próximo passo, agora, é confirmar a eficiência desta substância em humanos.

"Há cinco anos, iniciamos um modelo experimental de toxicidade de neurônios. Trabalhávamos com uma agressão a eles, promovida pelo peptídeo beta-amilóide. Trata-se de uma pequena proteína, que hoje sabemos ser a maior vilã na doença de Alzheimer", explica
Sérgio Ferreira, professor titular do Laboratório de Doenças Neurodegenerativas do Instituto de Bioquímica Médica da UFRJ (LDN) e coordenador da pesquisa. Esta substância está presente em todos os cérebros saudáveis, mas em quantidades controladas. Quando os níveis dela sobem, os neurônios sofrem disfunções. “Em um primeiro momento, há a degeneração das sinapses, que fazem a comunicação entre os neurônios. Isso leva a uma diminuição da memória, atenção e capacidade de aprendizado, para citar alguns exemplos. Em um momento mais tardio, o peptídeo continua o ataque aos neurônios, podendo causar até mesmo a morte deles”, continua o professor.

Ação da taurina
Junto com outros grupos de estudo no exterior, estes pesquisadores descobriram que a morte provocada pelo peptídeo beta-amilóide envolvia um aminoácido chamado glutamato. Esse é o principal neurotransmissor excitatório do cérebro humano. Fazendo uma analogia, significa que quando os neurônios recebem uma carga desta substância, eles “acordam” e vão “trabalhar”. “Entretanto, o excesso de glutamato passa a ser tóxico. Esta substância é liberada pelos neurônios em resposta ao beta-amilóide, excitando os neurônios em excesso e provocando sua degeneração. Queríamos, então, encontrar uma substância que pudesse controlar estes efeitos negativos. Nossos alunos testaram várias hipóteses e, finalmente, descobriram a taurina”, esclarece Sérgio.

Esta é uma pequena molécula normalmente presente no nosso cérebro e adquirida pela dieta (peixes e aves são ricos em taurina). Existem alguns estudos mostrando que os níveis desta substância caem com a idade, em indivíduos saudáveis, mas também naqueles que sofrem com o mal de Alzheimer. “Talvez essa taurina possa oferecer uma proteção fisiológica que diminui com a idade, favorecendo a ação tóxica do peptídeo beta-amilóide e prejudicando os neurônios”, explica o pesquisador.

Inúmeras drogas protegem neurônios contra vários tipos de agressões, de acordo com experimentos em laboratorio. A dificuldade é que nem sempre uma droga testada em laboratório pode funcionar em animais e humanos de forma eficiente. A vantagem da taurina é que, como se trata de uma substância presente normalmente em nosso cérebro, pode ser testada de forma direta em humanos. “Queremos fazer os testes com animais ainda assim, para avaliar a reação do cérebro deles à substância”, esclarece Sérgio.

Testes
Futuramente, serão realizados testes em idosos saudáveis, mas que apresentem queixas de falta de memória. “Vamos avaliar se a taurina exercerá algum efeito benéfico no cérebro destes voluntários. Se tudo der certo, em um segundo momento podemos partir para testes com portadores de Alzheimer”, afirma Sérgio. Um possível resultado positivo nestes experimentos não significa a cura desta doença, afinal a beta-amilóide não será diretamente atacada, mas apenas o glutamato. A maior conquista, nesse caso, será a diminuição da evolução da doença e o aumento da qualidade de vida do paciente. A média de sobrevida de portadores da doença de Alzheimer, do momento do diagnóstico até o óbito, é de oito a dez anos. “Nesse tempo, a perda das capacidades do cérebro é muito rápida. Um mecanismo que pudesse retardar este processo, então, se revelaria de grande valor”, continua.

Chegada às prateleiras
Quando se fala sobre a possível comercialização de um medicamento composto por taurina, deve-se pensar em alguns problemas. “Se tudo der certo, concluiremos a primeira bateria de testes com pacientes em dois anos. A partir daí, é possível que estes resultados levem a outras questões que necessitem ser analisadas também. Um problema relevante é que a taurina não é um composto patenteável, por não se tratar de uma droga nova. Estamos propondo um uso para uma doença específica. Caso alguma empresa farmacêutica se interesse por produzir cápsulas de taurina, ela vai enfrentar uma concorrência feroz, pois todos poderão produzir o mesmo medicamento”, pondera o professor.

Pode ser que, no futuro, esta questão exija uma intervenção governamental que regule a distribuição destes medicamentos. Porém, uma futura aplicação terapêutica da taurina depende dos resultados positivos de testes com humanos, o que levará no mínimo dois anos. Portanto, ainda não se pode afirmar com categoria que a taurina representa uma salvação para os portadores desta doença tão severa.

sexta-feira, 1 de março de 2013

Carnosina & Beta-alanina


Hoje a suplementação com Beta-alanina está em alta, presente em vários suplementos de pre-workout, vem sendo muito estudada para praticantes de atividade física extenuante.

Vamos entender um pouco sobre esse aminoácido:

Beta-alanina é um aminoácido sintetizado pelo nosso organismo, por isso é classificado como um aminoácido não essencial, mas para praticantes de esportes de força e de resistência a falta desse aminoácido pode ser considerado como limitante na manutenção da atividade por mais tempo.

Beta-alanina não é um ácido aminado proteogênico - não participa da construção muscular, assim sua suplementação não será desviada para essa via.

As principais fontes alimentares são: carnes - bovina, frango, peixe e suína.

Beta-alanina é formada pela degradação proteolítica da carnosina, anserina e é dependente da ação do ácido pantotênico (vitamina B5).



Função da Beta-alanina: aumentar os níveis de carnosina nos músculos esqueléticos que possui ação muscular ajudando na manutenção de força por mais tempo de um treino exasustivo.



Agora vamos falar da Carnosina:

L-Carnosina ou Beta-alanil-L-histidina, é um dipeptídeo, hidrossolúvel, que foi descoberta em 1900 na Rússia, está presente nos músculos esqueléticos (tanto nas fibras do tipo I quanto nas fibras do tipo II) e no cérebro. É sintetizado no cérebro, rins, estômago, bulbo e em maior quantidade no músculo esquelético, a partir dos aminoácidos Beta-alanina e Histidina.

Apesar da carnosina não estar envolvido na via metabólica do ATP para geração de energia esse dipeptídeo tem importante papel na homeostase da contração muscular, principalmente durante as altas taxas de fornecimento de energia anaeróbica.

Tem como principal função no músculo esquelético de melhorar a recuperação muscular – atrasando o aparecimento da fadiga.

Agora vamos entender o que é FADIGA Muscular



POSSÍVEIS AÇÕES DA CARNOSINA NO MÚSCULO ESQUELÉTICO:

• Tamponamento: O metabólico H+ causa alterações no pH que pode ser corrigido pela Carnosina;

• Alterações da temperatura e do fluxo sanguíneo;

• Acúmulo de produtos do metabolismo celular como ADP, AMP, IMP, Pi e amônia;

• Perda da homeostasia do íon Ca2+: Devido a uma diminuição na liberação e na captação de cálcio levando à incapacidade dos músculos se contraírem;

• A lesão da junção neuromuscular induzida pelo exercício de contrações excêntricas;

• Stress oxidativo.



Tamponamento: O aumento de carnosina no músculo esquelético inibe a acidose causada pelo aumento do lactato e do íon H+ evitando uma das causas da fadiga muscular*;

Antioxidante: é um potente antioxidante de espécies ativas de oxigênio, oxigênio singlet e de super-oxigênio.



Mas, se é a carnosina a responsável pela ação muscular porque então não suplementar com a carnosina?

Há duas teorias para não suplementar a Carnosina:

1. Alguns estudos demosntram que a carnosina pode ser hidrolisada (digerida) no sistema digestório em beta-alanina e histidina – e não chegar na sua forma íntegra nos músculos, e 2. Após ser absorvida (caso não seja hidrolisada) lá no plasma (sangue) essa sofrerá a ação da enzima carnosinase que fará a quebra da carnosina.

Estudos demonstraram que a suplementação desse nutriente não eleva significativamente a quantidade de carnosina nem no plasma e nem intra-muscular.

Mas se o resultado da digestão de carnosina são os dois aminoácidos – Beta-Alanina e Histidina, porque não suplementar a Carnosina?

1. Porque a carnosina tem um custo elevado.

2. Porque nessa degradação é liberado cerca de 40% de Beta-alanina que é o aminoácido limitante na produção de Carnosina, assim para ter bons resultados nos músculos a quantidade a ser suplementada de carnosina deve ser muito alta.

OBS: O aminoácido L-Histidina é encontrada em GRANDE quantidade no tecido muscular por isso não há a necessidade de suplementá-lo.



Curiosidades:

O conteúdo muscular de carnosina é menor nas mulheres;

Diminui com a idade;

É menor em vegetarianos, cujas dietas são privados de β-alanina;

Pela sua alta concentração também em tecido cerebral a suplementação de beta-alanina é usada em pacientes autistas que atribuem uma melhora em sua condição a ele por aumentar os níveis de corticosterona. Isso pode explicar a "hiperatividade" observada em indivíduos autistas em doses elevadas.

A parestesia dura de 60 a 120 minutos. Pode ser causada por elevada quantidade em uma única dose. Para evitar: Fracionar o consumo durante o dia.

Suplementos que contêm Beta-alanina:

Beta-alanine – AllMax Nutrition: http://www.allmaxnutrition.com/436-BETA-ALANINE-400g.aspxBeta-alanine – GNC - http://www.gnc.com/product/index.jsp?productId=2882394Beta-alanine – Ultimate Nutrition - http://www.ultimatenutrition.com/catalog/sports_nutrition/beta_alanine.htmlJack 3D – USPlabs: http://usplabsdirect.com/catalog/product_info.php?products_id=111NO Xplose – BSN: http://www.bsnonline.net/details/noxplode.html1 M.R. Powder – BPI Sports: http://bpisports.net/?p=product&pr=1mrp&info=highC4 Extreme – Cellucor: http://c4-extreme.com/White Flood – Controlled Labs - http://www.controlledlabs.com/product_info.php?products_id=32Hemo-Rage – Nutrex - http://underground.nutrex.com/products/hemo-rageUC.aspX-Pand Xtreme Pump – Dymatize - http://www.dymatize.com/products/nitric-oxide/18/xpand-xtreme-pump/

Procure um profissional nutricionista para orientar melhor sobre o uso dessa suplementação.

OBSERVAÇÃO IMPORTANTE:



QUANTIDADE, HORÁRIO, FREQUÊNCIA E OUTRAS informações sobre o modo de consumo do Beta-Alanina EU NÃO RESPONDO POIS ISSO DEPENDE DE VÁRIOS FATORES que dever ser avaliados individualmente levando em conta as necessidades nutricionais, a rotina alimentar e os objetivos!!!! Agradeço a compreensão!

Att,

Van nutri

Vanessa Lobato Nutricionista Esportiva

#Nutrição Esportiva


Postado por Nutricionista Esportiva Vanessa Lobato às 22:13

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