Alzheimer
O número de indivíduos com 60 anos ou mais está aumentando rapidamente. A previsão é que para o ano 2050 o aumento deste grupo etário será de 20%, totalizando 2 bilhões de pessoas. A principal conseqüência desse processo é o aumento na prevalência das doenças crônicas não transmissíveis, associadas ao envelhecimento, como a demência.
A demência acomete cerca de 5% e 20% da população acima de 65 anos e 80 anos, respectivamente. A doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência, sendo responsável pela metade dos casos2. Por demência, entende-se um prejuízo progressivo das funções mentais, caracterizadas por deterioração da capacidade intelectual prévia, com conseqüente intervenção na convivência social e na vida profissional.
O Mal de Alzheimer ou Doença de Alzheimer é uma patologia degenerativa que acomete o cérebro. Usualmente é de natureza crônica e progressiva, comprometendo funções corticais superiores como a memória, o pensamento, a linguagem e o julgamento crítico.
As áreas afetadas pelas alterações degenerativas são aquelas que controlam as funções da memória, concentração e cognição ou raciocínio. Estas áreas compreendem o córtex frontal, têmporo-parietal e occipital, com comprometimento também do hipocampo. Há uma marcada diminuição na atividade colinérgica, nesta doença, uma vez que a maior perda neuronal compreende neurônios que utilizam a Acetilcolina como neurotransmissor.
Os primeiros sintomas abrangem uma leve perda de memória, que não chega a atrapalhar o raciocínio geral; a perda da memória torna-se progressiva, inicialmente para fatos recentes, até a perda total. Além da perda da memória, outros sintomas envolvem dificuldade de raciocínio, dificuldade de linguagem, dificuldade de orientação temporal e espacial, alterações de comportamento, depressão, agitação ou até agressividade, delírios, alterações de apetite, tendendo à compulsão, alterações do sono, cuja latência do sono REM é prolongada.
Em geral a doença costuma se manifestar por volta dos 65 anos, podendo ser mais precoce, com os sintomas aparecendo lentamente. O período médio entre os primeiros sinais e o agravamento total da doença é em torno de 8 a 10 anos, podendo variar individualmente.
O declínio progressivo da função cognitiva não é exclusivo desta doença, podendo aparecer inclusive no processo natural do envelhecimento; o que torna o quadro dramático é o prejuízo da função cognitiva, incompatível com a idade em que se manifesta.
A causa desta doença ainda é desconhecida, assim como é desconhecida a sua cura. Acredita-se que sua causa possa estar relacionada a uma complexa combinação entre fatores genéticos e pessoais.
Em comparação a população geral, parentes biológicos de indivíduos acometidos pela doença, com início precoce, antes dos 65 anos de idade, tem mais chance de desenvolver a patologia. Os casos de início tardio também podem ter um componente genético.
Nutrição e Alzheimer
Vitamina E
Estudos apontam esta vitamina pela sua função antioxidante e protetora.
Colesterol
Embora não seja esclarecido, o colesterol parece ser um componente importante no Mal de Alzheimer, em alguns estudos em humanos foram encontradas evidências de que o consumo de gordura saturada duplicou o risco, e mesmo o consumo moderado de ácidos graxos trans aumentou o risco para a doença em 2 a 3 vezes.
Em outros estudos foram relatados níveis plasmáticos e nos tecidos cerebrais mais baixos de ômega- 3 em pacientes com o Mal de Alzheimer. O consumo de peixe 1 vez por semana foi associado com a redução de 60% no risco de desenvolvimento de Alzheimer.
Vitamina B12, Folato e B6
Na última década, cientistas descreveram a relação entre níveis baixos de folato, B12 e B6, conseqüente aumento da homocisteína e prejuízo da função cognitiva em idosos.
Tiamina
Uma vez que a deficiência de tiamina pode resultar em um tipo de demência, devemos favorecer o aumento do consumo de alimentos fontes ou se houve necessidade suplementar.
Carnitina
Estudos mostraram que a suplementação de carnitina reduziu o declínio da função cognitiva em pacientes com início doença precoce.
A anorexia pode ocorrer no estágio final da doença em decorrência de modificações físicas, como redução do paladar e olfato, redução do apetite (relacionado com a produção de opióides endógenos), aumento da saciedade (relacionada com maior sensibilidade a colecistoquinina), desordens neuropsiquiátricas associadas com a doença (perda de memória, desorientação, desordens de humor, indiferença, julgamento prejudicado), alteração na autonomia e hábito alimentar e nas concentrações de neurotransmissores (NPY, norepinefrina).
O diagnóstico precoce da doença e o tratamento preventivo em pacientes com história genética, favorece o retardo da progressão da doença.
Aumente o consumo dos alimentos abaixo e previna-se contra o Mal de Alzheimer.
Vitamina E
Óleo de canola, Azeite de Oliva, amêndoa e abacate
Vitamina B6
Banana, batata, espinafre, peru, cereais integrais
Vitamina B12
Carnes vermelhas, ovos, leite, queijo
Folato
Lentilha, feijao, vegetais-verde escuros, sucos de frutas cítricas
Tiamina
Lentilha, feijões, leguminosas em geral, carne bovina, peixes, cereais integrais
Lecitina
Gema de ovo, germen de trigo, amendoim, fígado, produtos de trigo integral
Magnésio
Castanha, soja, leite, peixe, verduras, cereais integrais
DMAE
Alimentos de origem marinha, principalmente sardinha, atum e anchova
Data da Publicação: 05/05/2009
Código de referência: 120
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