domingo, 9 de outubro de 2011


FALTA DE OXIGÊNIO NO CÉREBRO PODE DESENCADEAR MAL DE ALZHEIMER

Sem passagem de sangue, órgão começa a produzir placas de proteína que destroem neurônios, sugere experimento

O G1, EM SÃO PAULO
  


Uma equipe de pesquisadores no Canadá encontrou indícios que ligam a falta de oxigênio no cérebro -- que acontece durante um derrame, por exemplo -- ao surgimento do mal de Alzheimer. Pessoas idosas que sofreram um derrame já eram considerados membros de um grupo de risco para a doença, mas o novo estudo mostra um mecanismo celular claro por trás do fenômeno.
O mal de Alzheimer é uma das piores doenças neurodegenerativas, afetando o cérebro de boa parte da população acima de 65 anos no mundo. Sua principal característica é o acúmulo de placas da proteína beta-amilóide, que sobrecarregam os neurônios (células nervosas) e os levam à morte.
No estudo, que está na edição desta semana da revista científica americana "PNAS", Xiulian Sun e seus colegas da Universidade da Colúmbia Britânica estudaram o que acontece com o gene BACE1, um dos responsáveis por desencadear a produção de beta-amilóide e a destruição de neurônios do mal de Alzheimer.
Induzindo a deficiência de oxigênio no cérebro de camundongos de laboratório, Sun e colaboradores viram que a ação do BACE1 era intensificada. Além da formação abundante de placas da substância nociva, os roedores também tinham desempenho pior em testes de memória -- fenômeno semelhante ao que acomete humanos com a doença.
Os pesquisadores sugerem que os sintomas da doença poderiam ser amenizados usando o mecanismo inverso, ou seja, aumentando a chegada de oxigênio ao cérebro por meio de medicamentos que dilatem os vasos sangüíneos do paciente, por exemplo.

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